Fotovoltaico nas terras naturais, agrícolas ou florestais : não cairmos na cilada!

 

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Nós, organizações em luta contra as centrais fotovoltaicas nas terras agrícolas, naturais, florestais e nos meios aquáticos, refutamos os desvios das energias renováveis envolvidas nas lógicas de mercado.

Contestamos o termo « agrovoltaico », que é marketing e que tem como objetivo de legitimar um oportunismo fundiário e financeiro num contexto difícil para o mundo camponês. O « agrivoltaico » afasta da autonomia : acrescenta à dependência no complexo agro-industrial (indústrias da grande distribuição, dos fertilizantes, pesticidas e sementes, máquinas agrícolas, bancos, organizações sindicais defendendo seus interesses…) uma outra dependência mais moderna, porque leva a imagem da energia renovável.

Denunciamos a distração introduzida na lei de Aceleração das Energias Renováveis (AER) que permite distinguir um « agrivoltaico » supostamente em sinergia com a agricultura, de um outro fotovoltaico que iria nos terrenos ditos « baldios ». No entanto por um lado, estas duas categorias fazem parte da misma prática de marketing que permite aos industriais apoderar-se das terras, e por outro lado « é justamente numas terras consideradas como pobres em que se desenvolveu pela maior parte a criação »(1). E enquanto os lobbies trabalham para que os textos legais considerem cada vez menos este fenómeno como artificialização : « Nós alugaremos o volume de ar acima de os seus terrenos durante trinta anos »(2) declara cinicamente um prospectador, afirmamos que toneladas de metais desnaturalizam os espaços agrícolas, naturais e florestais. E embora nos seus discursos, a produção de electricidade fica cinicamente representada como « secundária », enquanto o primeiro objetivo seria ajudar a agricultura em frente ao aquecimento global criando sombra, afirmamos que o rendimento resultante da produção de electricidade é a única razão de esses projetos. Sobretudo, é silenciado que « em termos de resiliência, as prácticas agroecológicas de cobertura do chão, de compensação ecológica com árvores, de diversificação por meio da redução da monocultura e da densidade de plantação de árvores frutíferas tragam mais alívio do que os painéis »(3).

Enquanto a Lei AER permitirá adicionar os cortes rasos de florestas de 25 hectares para pôr painéis, deploramos a ideologia produtivista dos parlamentares quem consideram que « algumas terras classificadas como área florestal são de tal pobreza e mediocridade que um arbitragem poderia justificar a instalação de um parque fotovoltaico »(4). No entanto, pela sua incrível biodiversidade, suas belezas e suas funções essenciais, essas áreas são um patrimônio insubstituível. E mesmo que os painéis seriam removidos algum dia e que a evolução do clima o permitiria, seriam necessárias centenas de anos para reconstituir um ecossistema tão rico.

Denunciamos também os conflitos de interesses das câmaras de agricultura. Estas últimas podem pedir 20 000 euros por projeto para realizar a auditoria, e 50 euros por hectare, e por ano para fazer o seguimento do projeto, mas 1 500 euros por megawatt instalado em compensação da artificialização dos terrenos agrícolas (5). Além disso, porque compensar economicamente, enquanto os mesmos defensores de essas práticas falam sem parar da « sinergia » das suas toneladas de metal com a agricultura ? Na verdade só trata-se de uma sinergia financeira que tende principalmente a beneficiar á agroindústria e aos grandes proprietários.

Chamamos à sobriedade energética, e relembramos que as áreas já artificializadas são suficientes (6). A Agência do meio ambiente e gestão da energia avalia os jazigos em 123 GW nos grandes telhados, 49 GW nos antigos terrenos industriais e 4 GW nos parques de estacionamento (7). O depósito global nos telhados é de 364.3 GW (241 GW dos quais em telhados residenciais)(8). Acrescentamos que a França tem entre 24 000 e 32 000 zonas de atividades, ou seja 450 000 hectares já artificializados (9), e entre 90 000 e 170 000 hectares de antigos terrenos industriais (10). Se instalar painéis nos telhados fica mais caro que colocá-los no chão, a Agência explica que esse custo adicional fica baixo : ronda os 550 milhões de euros, seja 2% do custo das energias renováveis (11). E enquanto estes projetos podem alcançar os 800 000 euros por hectare (12), afirmamos que estes investimentos podem ir nessas áreas artificializadas.

Quando E. Macron e a FNSEA preconizam a robótica, a genética e o digital para a agricultura (13), e que o sindicato agroindustrial co-preside ao lobby « France Agrivoltaïsme » ; o fundador deste último implementa a gestão dos campos mediante a inteligência artificial (14). Se enfrentam então duas visões da agricultura e da sociedade : a agricultura industrial, ultra-mecanizada e digital em áreas cada vez mais grandes, diante da autonomia camponesa ; os servidores versus aos cérebros ; a inteligência artificial frente à observação, à sensibilidade e aos conhecimentos dos camponeses e camponesas. Afirmamos que é necessário começar a desescalada da influência da tecnologia para que os camponese.as possam trabalhar a terra deles próprios sem depender da agroindústria.

Recusamos a industrialização dos campos, porque independentemente da sua superfície o da sua « participação cívica », uma central fotovoltaica sobre terrenos agrícolas, naturais o florestales, é uma instalação de carácter industrial. As toneladas de metais (sílica, alumínio, zinco, chumbo, estanho, índio, antimônio) (15) que cobrem as terras, os milhares de âncoras de betão e os quilómetros de vias de acesso e de vedações de arame, de linhas elétricas enterradas o aéreas, os postos de transformação e de, o barulho dos inversores (16), as câmeras de vigilância, os diversos sensores de segurança, as obrigações de desmatamento na periferia, destroem nossos campos. As megausinas eletrificam nossos campos com efeitos documentados sobre os animais de criação. Não esquecemos a fabricação industrial desses painéis : exploração de seres humanos, extrativismo devastador. Para produzir 40 000 toneladas de sílica metal, uma das seis unidades de produção na França queima 120 000 toneladas de quartzo e 80 000 toneladas de lenha (18), e engole em média 11 megawatts-hora por tonelada de produto final (19), seja cada ano a mesma quantidade de energia que consumiria uma cidade de 150 000 habitantes. É preciso também 280 kg de produtos químicos por quilo de silício produzido (20). Sem esquecer os riscos de poluição das águas (21) e que as centrais podem causar « a alteração, a deterioração, e mesmo a destruição dos meios naturais (desbravamento seguida da gestão da vegetação ao mais próximo possível do chão ; terraplanagem e compactação dos solos ; estabelecimento de microclimas distintos acima e abaixo dos painéis ; criação de recintos por as vedações, etc.). A modificação das funções hídricas, climáticas o biológicas que podem resultar deste leva a uma artificialização de uma parte por vezes consequente dos solos [bem como] a modificação do cortejo de espécies vegetais e animais » (22).

Defendemos uma relação sensível ao mundo que fica mais que nunca primordial para todo mundo. Ainda que a agricultura é a profissão que remunera o menor, que um mal-estar é reconhecido, e que será preciso recrutar em peso para lidar com as numerosas pessoas que reformam-se, uma motivação essencial é a qualidade de vida ao trabalho, ao ar livre, num sítio lindo ; olhar para o céu e ouvir os sons da vida. Trabalhar sob painéis, resulta piorar nossa qualidade de vida no trabalho, mas também degradar o meio ambiente e as paisagens para o benefício de alguns proprietários e promotores. Pelo contrário, a agricultura camponesa deve participar com os cidadãos em deixar o meio rural vivo num quadro de vida gostado de todas e todos.

Nossa autonomia de escolha e de ação, não é aquela de tornar-se em jardineiros sob painéis. Nossa profissão não é cultivar quilowatts, mas de produzir uma alimentação saudável e de qualidade para o maior número de pessoas, e de estar pagando por isso. Porque se a contrapartida econômica de vários milhares de euros por ano e por hectare pode parecer aliciante (23), e gerar um verdadeiro dilema para camponesse.as em dificuldade ; disponibilizando nosso instrumento de produção a essas sociedades, vamos enriquecê-los e desviamos a vocação alimentadora da terra agrícola.

A única razão da pressão atual nas terras agrícolas, naturais e florestais é financeira. Rejeitando o mito do capitalismo verde, e a visão de uma transição ecológica que vá para uma sociedade super consumista ultra-conectada, chamamos a uma oposição maciça a estos projetos fotovoltaicos industriais e exigimos a proibição destes sobre todas as terras agrícolas, naturais, florestais e nos meios aquáticos.

As organizações em luta contra as mega centrais fotovoltaicas nas terras agrícolas, naturais, florestais e nos meios aquáticos.

No dia 27 de Agosto de 2023.

coordo-luttes-pv@protonmail.com

https://coordo-nationale-photorevoltee.org/

Se sua organisação quer assinar esta tribuna :https://framaforms.org/appel-a-signatures-dorganisations-ou-collectifs-1695058125

Assinantes :

  1. Confédération Paysanne nationale
  2. Terre de Lutte
  3. GNSA
  4. Extinction Rébellion France
  5. SNE FSU- Syndicat National de l’Environnement FSU
  6. SNETAP-FSU- Syndicat National de l’Enseignement Technique Agricole Public
  7. SNUPFEN-Solidaires national. Syndicat National Unifié des Personnels des Forêts et de l’Espace Naturel (SNUPFEN), un syndicat de l’Office National des Forêts (ONF).
  8. Sud Recherches
  9. ATTAC France
  10. Les Scientifiques en rebellions
  11. Fondation Danielle Mitterrand
  12. Canopée-Forêts Vivantes
  13. RAF (Réseau pour les Alternatives Forestières)
  14. Nature & Progrès Fédération
  15. Protection Arbres & Faune « Réseau des protectrices et protecteurs »
  16. Collectif SOS Forêt France
  17. ANB – ASSOCIATION NATIONALE pour la BIODIVERSITÉ
  18. Mouvement d’Action Paysanne.
  19. ASPAS – Association pour la protection des animaux sauvages et du patrimoine naturel
  20. Collectif Scientifique National Méthanisation raisonnable (CSNM)
  21. CNVMch collectif national vigilance méthanisation canal historique
  22. La Gauche Démocratique et Sociale
  23. Révolution Écologique pour le Vivant – REV
  24. PRIARTEM
  25. Robin des Toits
  26. Association Cyberacteurs
  27. Réseau des Ecocentres
  28. JAG- Jeunesse Autochtone de Guyane
  29. Des Agros qui désertent
  30. Filière paysanne
  31. Le SNUPFEN-SOLIDAIRES Midi-Pyrénées -Syndicat National Unifié des Personnels des Forêts et de l’Espace Naturel (SNUPFEN), un syndicat de l’Office National des Forêts (ONF).
  32. Bureau d’Union des Sections du SNUPFEN Solidaires Lorraine
  33. La Confédération paysanne interdépartementale d’Île-de-France
  34. Nature en Occitanie-NEO
  35. Groupe Chiroptères de Provence PACA 04 05 06 13 83 84
  36. LPO Occitanie
  37. Les Amis de la Terre Midi-Pyrénées
  38. les Amis de la Terre Limousin
  39. Terre de Liens Limousin
  40. France Nature Environnement Occitanie Pyrénées
  41. Toutes Nos Energies – Occitanie Environnement réunit une centaine de fédérations départementales, collectifs et associations de la région Occitanie qui agissent pour la qualité de vie des habitants et la protection de l’environnement, pour une transition écologique et énergétique solidaire et respectueuse des territoires ruraux
  42. Association Protection Arbres et Faune, antenne Occitanie
  43. Association Territoriale PACA Terre de Liens
  44. Champagne Ardenne Nature Environnement
  45. FARE SUD (Fédération d’Action Régionale pour l’Environnement – Provence Alpes Côte d’Azur) (PACA).
  46. GRAPE Normandie -14 50 61 27 76
  47. Confédération Paysanne de l’Aveyron
  48. Collectif de réflexion citoyenne sur le photovoltaïque du Causse Comtal, Aveyron touroulisducaussecomtal@gmail.com
  49. TPNV : Terres et Patrimoine de Nos Villages :

  50. TCGR : Marne, Treslon Germigny Courcelles Rosnay :
  51. Le collectif Sauvegarde des Aspres, Pyrénées-Orientales
  52. Association Quels Paysages Pour La Piège ? Aude
  53. Association le Spot (11260)
  54. La Confédération paysanne 21 (Côte d’Or)
  55. FRENE 66 – Fédération pour les Espaces Naturels et l’Environnement des Pyrénées-Orientales
  56. collectif énergie citoyenne 58
  57. association Hurlevent
  58. SEPANSO Landes
  59. SOS Nature Fenouillèdes
  60. C.U.R.T.I.L – département 21
  61. Protection de l’environnement de Sarrant, Gers
  62. Gers Danger Agrivoltaisme
  63. Attac de Reims (51-Marne)
  64. Association Nature et Tempo Drôme
  65. le comité local des Soulèvements de la Terre Drôme Sud Provence, Drôme
  66. La Fédération Aude Claire, association de protection de la Nature, Aude
  67. Association Vent mauvais
  68. Attac 58- Nièvre
  69. Le Vent Tourne, Pyrénées-Orientales
  70. « Le Chêne Blanc ». ALPES-DE-HAUTE-PROVENCE
  71. Bien vivre en Pyrénées catalane
  72. Association naturaliste Ecodiv, basée près de Castelnaudary dans l’Aude (11400 Fendeille)
  73. Nature&Progrès12, association pour la bio associative et solidaire, pour notre santé et celle de la terre.
  74. Sites et Monuments Rodez
  75. Les amis de la terre 66
  76. En commun 66
  77. Collectif Agly en transition
  78. La coordination Viure des Pyrénées-Orientales
  79. Collectif Citoyen Corbières Vivantes
  80. Sauvegarde de Berrac Gers
  81. Collectif pour des Alternatives aux Pesticides (CAP66)
  82. Terres du Larzac Terres de Biodiversité Terres de Paysans
  83. Attac Alès Cévennes
  84. Les Amis de la terre 32
  85. L’ACCU (Alerte Citoyenne Communauté Urbaine) 71 (Saône et Loire)
  86. Le Collectif Citoyen Occitanie Aude – ccoa11@orange.fr
  87. Association de défense du Riou bourdoux, alpes de haute provence
  88. Association pour l autonomie énergétique de Roquecor et ses environs. environnement@roquecor.info
  89. L’association Résistance 5G Nantes,
  90. collectif Nantes1 anti-Linky5G,
  91. collectif 44 contre Linky
  92. Les Prés de la Garde -58
  93. Sauvons le bocage nivernais-58
  94. La Conf’ du Lot
  95. L’association « Tronçais Ruralité Environnement » Allier 03350  Cérilly t-r-environnement@hotmail.com
  96. le collectif départemental aveyronnais Co-27-XII Environnement
  97. l’association Protégeons nos espaces pour l’Avenir
  98. Fédération pour la vie et la sauvegarde du pays des Grands Causses- Aveyron
  99. le collectif Elzéard Lure en Résistance (Alpes de Haute Provence)
  100. Adret Morvan (asso environnementale du Morvan) département de la Nièvre
  101. Le collectif Stop Linky et 5G du Pays de Condé
  102. Confédération Paysanne de la Nièvre
  103. Le comité des Soulèvements de la Terre 11
  104. XR Toulouse (xrtoulouse@protonmail.com)
  105. Collectif Citoyen du Pays Saint-Affricain (CCPSA)
  106. Bien vivre à Nolay en Nivernais- Nièvre
  107. le Collectif Nivernais pour une Agriculture Durable (CNAD) situé dans la Nièvre (les Morins 58320 Germigny sur Loire)
  108. Collectif Citoyen pour un Autre Photovoltaïque dans les Alpes du Sud (CCAPAS)
  109. Confédération Paysanne de l’Aude
  110. Le collectif de riverains SALEN du Finistère (29)
  111. Association CERCA NATURE Pyrénées Orientales
  112. Collectif Citoyens Résistants – 39 300 -jura
  113. Nature et Progrès 31 : j.viana@laposte.net
  114. Attac Comminges : comminges@attac.org
  115. Collectif les sentinelles 31, contre un projet à Aulon
  116. Foyer rural de Larroque, contre un projet sur la commune (31 aussi) : robinp@free.fr
  117. Vivre en Comminges, association du 31 : contact@vivreencomminges.org
  118. comité local des Soulèvements commingeois.
  119. Union Locale SOLIDAIRES Comminges ul.comminges@solidaires31.fr
  120. INSOUMIS Comminges Savès – Mél : insoumis.comminges.saves@gmail.com
  121. Le Café des Vallées (Blog d’infos, d’opinions et relais des initiatives citoyennes du sud de la Haute-Garonne / Pyrénées centrales) – Mél : contact@lecafedesvallees.fr
  122. Trans’Humans (Asso)
  123. association Foll’avoine -protection de la biodiversité sans OGM ni pesticides  et  la protection des terres fertiles- Avignon
  124. le réseau Terres Vivantes en Cévennes
  125. Jura Nature Environnement (département 39 – Jura)
  126. L’ association le PoirieR (verger villageois) à Reillanne 04
  127. Attac Rhône
  128. association JE SUIS SENSIBLE
  129. Association Stop linky-5G 88
  130. Attac Gard rhodanien
  131. Attac Uzège
  132. Amilure
  133. « Nous Voulons des Paysan-ne-s, Gascogne » Association loi 1901, siège social 32100 Béraut
  134. Aude Nature
  135. GABNI -Groupement des agriculteurs bio de la Nièvre.  58
  136. Le Comité local des Soulèvements de la terre 66
  137. Association pour la Défense de l’Agriculture Paysanne, la Protection de l’Environnement et la Prévention des Risques Industriels (AEPI)
  138. LFI Groupe d’action de Corbigny (58)
  139. Terres libres, centre bretagne
  140. Vents à contre-courant (vacc82)
  141. « Bien vivre aux Bruyères » Avril sur Loire 58
  142. « Collectif Salies sans Linky » (491 chemin de Mailhos – 64270 – Salies de Béarn)
  143. Le collectif de la forêt des sources du Touch
  144. Les Amis de la Terre Drôme.
  145. Association Environnement Juste. Une association pour la protection de notre environnement et la sobriété énergétique.
  146. Confédération Paysanne de Gironde
  147. Haut Buëch Nature
  148. Alpes Provence Côte d’Azur Environnement
  149. Soulèvements de la Terre Gers
  150. Association Protection Environnement Patrimoine -46
  151. Attac Hauts Cantons – Bédarieux
  152. Les Gilets Jaunes de Gignac et alentours (34)
  153. Comité local des Soulèvements de la Terre – Chalon sur Saône
  154. Confédération paysanne de l’Ardèche
  155. PasDeVentChezNous-AvenirBoischautSud Indre 36
  156. NON AU SOLAIRE FLOTTANT LOUPIAC 81 non-solaire-flottant-loupiac81@proton.me
  157. Les Soulèvements de la Terre La Rochelle, laterreetleau@proton.me
  158. Confédération Paysanne des Pyrénées-Orientales
  159. Le comité creusois des soulèvements de la terre
  160. Attac Aveyron
  161. Les Soulèvements des Volcans 63
  162. Association Apifera-81
  163. Environnement et Patrimoines en Pays du Serein (EPPS)-Yonne
  164. Confédération Paysanne 34
  165. Amis de la Terre des Landes
  166. Comité Local d’Attac Villeneuve d’Ascq 59650
  167. ATTAC marsan département des landes
  168. ATTAC 46 LOT.
  169. France insoumise groupe d’action de Souillac.‌
  170. France Insoumise Aveyron
  171. La Confédération paysanne de Corrèze
  172. CALELH, association pour la qualité de vie et de l’environnement en Haut-Languedoc
  173. Confédération Paysanne des Landes
  174. association Vivre à Noyers – Val du Serein, l’Yonne
  175. ABIVIA, Association bien Vivre en Astarac et en  Fezensac
  176. Confédération paysanne de la Drôme
  177. ATTAC Var
  178. Les amis de la terre Moselle
  179. Le comité local Les Soulèvements du Forez, Loire (42)
  180. Le comité Soulèvements de la Terre Royans-Vercors
  181. Alternatiba des Pyrénées-Orientales (Alternatiba66)
  182. Attac Pays malouin – Jersey
  183. Le Comité SDLT du Morvan des Lacs
  184. ATTAC Cher-18
  185. Villes et villages en campagnes-Yonne
  186. COMITE SUD-VENDÉE DES SOULÈVEMENTS DE LA TERRE
  187. comité local SDLT Quimperlé-Concarneau
  188. association OzACTES – Quimperlé(29)
  189. Les Picnors- Somme 80
  190. Le Comité 61 des Soulèvements de La Terre
  191. Comité Local 83 des Soulèvements de la Terre.
  192. Le comité des Soulèvements de la terre du Havre
  193. Les Amis de la Terre 13/Provence
  194. Les Soulèvements de la Terre – Comité de Metz
  195. Comité de soutien aux Soulèvements de la Terre Doué-la-Fontaine/Montreuil-Bellay »
  196. La terre se soulève en Corrèze
  197. Le Comité Sèvre Niortaise des Soulèvements de la Terre
  198. Confédération Paysanne du Gers
  199. XR Hautes-Alpes (hautes-alpes@extinctionrebellion.fr)
  200. Comité Hautes-Alpes des soulèvements de la terre (comite-terre-eau-rabou05@proton.me)‌
  201. BIOCONSOM’ACTEURS MER ESTEREL
  202. Association « Les Sérigons Terre Vivante » (05) ayant pour but de lutter contre la déforestation de la forêt des Sérigons à La Roche des Arnauds au profit d’un parc photovoltaïque
  203. Comité des Soulèvements de la terre de Touraine
  204. Association Châtellerault L’Insoumise
  205. « DesterresMINEes35 »
  206. Les Soulèvements de la Terre du Tarn – SDLT Tarn
  207. La LFI 23
  208. Les Soulèvements de l’air- Bretagne
  209. association Les Perdigones 06670 Levens
  210. Le Comité Causse Comtal, association agréée protection de l’environnement (12)
  211. Les grèbes castagneux (37- Chinon et alentours)
  212. La Confédération paysanne Saône et Loire-71
  213. la Confédération paysanne Yonne-89
  214. La confédération paysanne du Vaucluse -84
  215. Nous voulons des coquelicots grand Châtellerault 86
  216. les Soulèvements de la Terre de Châtellerault -86
  217. Comité Haut-Jura des Soulèvements de la Terre
  218. La Confédération paysanne de l’Allier (03)
  219. LPO Loire-Atlantique
  220. La Confédération Paysanne du Gard 30
  221. Association Mont de Transet Vent Debout 23250 Thauron
  222. Association Hêtre vit vent -Lorraine
  223. Conf’Ardennes-08
  224. Conf’ du Cher
  225. Le comité local des Soulèvements de Loire
  226. Présidente association Les Lacs du Lauragais- projet de centrale photovoltaïque flottante sur le lac de Bourg Saint Bernard (31) par EDF-RE
  227. Confédération paysanne Meuse
  228. Confédération paysanne Moselle
  229. le comité local des soulèvements de la terre de l’Allier (03) – l’Allier se soulève
  230. association Bee Friendly
  231. Collectif Transitions du Périgord Noir
  232. La Confédération paysanne d’Ille-et-Vilaine
  233. La Conf’ Alsace
  234. Collectif eau Quimper QBO
  235. Association Animalure (protection faune sauvage et domestique du territoire de Lure)
  236. SAUVEGARDE DE LA HAUTE VALLEE DU SEREIN
  237. Collectif « Sauvons la Forêt de Mercy » -57
  238. Site et Monuments délégation du Var
  239. Collectif Citoyens Lotois
  240. association paysages et forets de l’Armançon
  241. Cercle des Citoyens 32
  242. Vous N’êtes Pas Seuls
  243. Le collectif ACCAD (59-62)
  244. Confédération Paysanne Lot et Garonne (47)
  245. la Confédération Paysanne de l’Aube (10)
  246. le Comité des Soulèvements de la Terre du Pays de
    Vannes (Morbihan)
  247. Association Environnementale Lot Cele AELC
  248. Attac bassin de Vichy
  249. Comité local Paris centre Soulèvements de la terre.
  250. Association Architecte 58
  251. halte au contrôle numérique
  252. Stop Linky 5G Loire
  253. Réseau OSTIA – comités des SdT du Pays basque Nord
  254. mairie de Frechendets-65
  255. Confédération Paysanne de Charente
  256. Confédération Paysanne du Jura
  257. Buziet vivant et authentique
  258. TOUCHE PAS A MON LAC -64
  259. Confédération Paysanne Charentes-Maritimes
  260. Bien vivre dans le Gers
  261. Cure Yonne Protection-89
  262. SOS Pays de Langres -haute marne
  263. Vie Pays Environnement -Aisne
  264. Confédération paysanne du Var
  265. Saint sulpice active et citoyenne -81
  266. Fédération Environnement Durable
  267. VIVRE A PUISIEULX -Marne
  268. Confédération Paysanne du Calvados
  269. Cami Pau-Est – Pyrénées Atlantiques
  270. Sauvegarde Côtes d’Opale Picarde et d’Albâtre (SCOPA)
  271. Association pour le développement durable du Causse de l’isle -Dordogne
  272. Du Frémur à l’Arguenon -Côtes d’Armor
  273. Collectif Citoyens Communicants 66
  274. La Souris Verte -66
  275. confédération paysanne marne
  276. Confédération paysanne de Touraine
  277. Confédération paysanne d’Ariège
  278. SUD éducation 12
  279. Association Ma Terre, Gratentour -Haute garonne
  280. NPA 81 -Tarn
  281. Collectif pour le Triangle de Gonesse Val d’Oise
  282. GNSA pays toulousain -Haute garonne
  283. Confédération paysanne tarn et garonne
  284. Association APROMI-CO -11
  285. Les Prés Survoltés association de Mouterre sur Blourde 86430 et communes voisines -Sud Vienne
  286. SAPE-Marne
  287. COLLECTIF PRESNOYENS -45
  288. SOS SEGALA NATURE -81
  289. APENC51 Association de Protection de l’Environnement de Neuvy et Courgivaux – Marne
  290. Attac tarn
  291. Verts2Terres
  292. Association Protection Environnement Patrimoine Pep46
  293. Attac 31
  294. Les Hérissons masqués de Nécy
  295. LE BETEY PLAGE BOISEE A SAUVEGARDER
  296. attac-Agen
  297. Collectif « Sauvons la Forêt de Mercy, collectif de 43 assos, 4 syndicats et 6 partis
  298. Comité local des soulèvements de la terre Haut Jura
  299. ASSOCIATION VIGILANCE PAYSAGES ET QUALITÉ DE VIE SAINT PIERRE DE VARENNES Saône et loire
  300. Alterre Circuit -52
  301. Confédération Paysanne Lozère
  302. Debout les terres vertes, comité locale Vierzon Soulèvements de la terre -18
  303. association pour la sauvegarde et l’animation du poumon vert de saint mitre -Bouches du Rhône
  304. ASSOCIATION DE PROTECTION DES COLLINES PEYPINOISES -13
  305. APPREME association pour la promotion de politiques responsables en matière d’énergie
  306. SOS Durance Vivante
  307. Société Alpine de Protection de la Nature – France Nature Environnement Hautes-Alpes (SAPN-FNE 05)
  308. Lectoure pour tous -gers
  309. Les Betteraves se Rebiffent -Oise
  310. Nous voulons des coquelicots – Mouans-Sartoux -Alpes Maritimes
  311. Collectif eau secours de PACA (Var, Bouches du Rhône, Alpes maritimes, Hautes Alpes, Alpes de Haute Provence, Vaucluse)
  312. Association de defense de l environnement du plateau de Sainte Maure de Touraine indre et Loire 37
  313. Vigilance Ogm 21
  314. TERRA VIVA VERDON -Var
  315. Les Pireutchs en colère (Pylône à Pey) -Landes
  316. ProBugey (protection de l environnement sur les plateaux Retord – Hautevilles – Valromey) -Ain
  317. Un avenir pour Saint Jouvent -Haute Vienne
  318. ADENY -asso de défense de l’environnement et de la nature de l’Yonne
  319. Provence Verticale
  320. Association Senneçoise de Défense de l’Environnment (ASDE) Cher (18340)
  321. Terre de Liens Centre-Val de Loire
  322. DIFENN BRO PENN TREV Asso pour la préservation du patrimoine et du vivant du territoire des sources du TRIEUX et du BLAVET
  323. Ferme de Riglanne 44
  324. Confédération Paysanne de la Vienne
  325. Attac Paris centre
  326. Hêtre vivant -57
  327. Terre & Humanisme.
  328. Vosges Nature Environnement
  329. Tremons defend son vallon- Lot et Garonne
  330. CAPA Lot et Garonne
  331. Fédération Européenne Environnement Ecologie / Garder le Vivant
  332. Confédération Paysanne de l’Indre (36)
  333. Comité local Soulèvements de la terre Loiret (45)
  334. GNSA Sainte Baume / Montagne de Lure
  335. APPREME association pour des politiques responsables en matière d’énergie – Hautes-Alpes
  336. Association L’Ascalaphe 04
  337. association Les Lacs du Lauragais
  338. COMITE ECOLOGIQUE ARIEGEOIS
  339. Collectif citoyen Lurs- Alpes de Haute Provence
  340. CDAFAL 70
  341. AEPOH – 70 association pour un espace protégé des ondes hertziennes
  342. Comité local des Soulèvements de la Terre Lyon
  343. collectif Cistude -13
  344. ATTAC Villeneuve d’Ascq -Nord
  345. Bien Vivre à Lévignacq -40
  346. ATTAC Dordogne
  347. ATTAC Rennes
  348. Canopée12 -Aveyron
  349. Confedération paysanne de la Haute-Vienne (87)
  350. ATTAC Marseille -13
  351. ATTAC Pays Basque -64
  352. Ventdebout’Chage . 16350
  353. LA PASTURE – Aude
  354. Confédération Paysanne du Maine-et-Loire -49
  355. Comité des Soulèvements du Royans-Vercors -Drôme
  356. Comité local Sud-Grésivaudan -38
  357. Confédération Paysanne des Alpes-Maritimes -06
  358. Association Sauvegarde des Terres Commingeoises -31
  359. Collectif citoyens camps la source -83
  360. Association Païolive- Ardèche et nord du Gard
  361. Extinction rébellion Landes côte sud
  362. SOS ESTUAIRE- Seine Maritime
  363. Les Beaux Coteaux de Grayssas- Lot et garonne
  364. ARGELES NATURE ENVIRONNEMENT – PO
  365. Comité Local ATTAC 21 – Côte d’Or
  366. GNSA Lavaur et territoire du Vaurais (81)
  367. Collectif « un avenir pour Saint-Jouvent 87510 »
  368. PICAMA Saône et Loire – 71
  369. La Confédération Paysanne des Alpes de Haute-Provence (04)
  370. Soulèvements de la terre Nevers
  371. association VAL D’ISSOLE ENVIRONNEMENT
  372. SER. Sauvegarde de l’Environnement Rocatin -Pyrénées-Orientales
  373. Association APSLK -Finistère
  374. Association « Les Amis du lac de Vouglans » -39
  375. COLLECTIF CONTRE LE PROJET AGRIVOLTAÏQUE DE LA MARGASSE – 82
  376. Council for the protection of Bertric Buree -Dordogne
  377. Collectif Verneuges, Haute-loire
  378. Collectif Garrigues vivantes – Stop à l’artificialisation des sols, Ardèche
  379. Collectif Lavaultaique-89
  380. les Amis du PAtrimoine de CHassiecq et de ses Environs -Charente
  381. Le Collectif UniVers -Drôme
  382. Les Amis de la Conf’16 -Charentes
  383. Attac Uzège
  384. APNE-ALLEYRAT 19-Corrèze
  385. Comité Soulèvements de Loire – 49
  386. Loubens Air Pur -09
  387. Collectif Volvestre survolté
  388. vivre a louverne – mayenne
  389. Stop mines 23 – Creuse
  390. France Nature Environnement Puy-de Dôme
  391. Panneaux hors champs -23 Creuse
  392. Janaillat Saint Dizier Masbaraud Vent de Business JDM VDN -23 creuse
  393. Collectif Festival ça Marche 79200
  394. Association ACC (Astaffort Commune Citoyenne) – Lot et Garonne
  395. Collectif JÉCi – agglo d’alès
  396. Collectif « Les champs survoltés » – Charentes
  397. Association « Sauvegarde de la Sausière »
  398. Collectif OSNA -Lot et garonne
  399. AVEC – Cher
  400. Association Vie Environnement Nature MELGVEN (AVEN MELGVEN) -Finistère
  401. FRAPNA Ardèche -07
  402. CLPEPA Collectif Limousin de protection d’environnement, les paysages et l’agriculture. – 87
  403. Sauvegarde ma Suisse Normande
  404. Plateau Survolté -Aveyron 

     

    Organisations européennes

  405. Association of Croatian Family Farms (ACFF)  

Avec le soutien de :

Lisa BELLUCO, députée Ecologiste-NUPES de la 1ère circonscription de la Vienne (86)

Marie POCHON, députée Ecologiste-NUPES de la 3e circonscription de la Drôme (26).

Léo Walter, député LFI, Alpes de Hautes-Provence

Loïc Prudhomme, député LFI-NUPES de Gironde

Marie José Vergon Trivaudey, chargée de mission Flore-Végétation DREAL BFC

Hadrien Clouet Député LFI-NUPES de la Haute-Garonne

Notes :

1 : Confédération Paysanne Centre Val de loire https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/Centre-Val-de-Loire-2022-Contribution-SDRADDET.pdf

2 : « Dans la gadoue agrivoltée : plongée dans la rhétorique des industriels du photovoltaïque https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/dans-lagadoue-agrivoltee-2.pdf

3 : Fabien Balaguer directeur de l’Association française d’agroforesterie. « Contre l’agrivoltaïsme, l’autonomie paysanne », journal L’Empaillé automne 2022 https://lempaille.fr/contre-lagrivoltaisme-lautonomie-paysanne; entretien à lire en entier ici https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/agroforesterie-balaguer-entretien-1.pdf

4: Le député socialiste de Meurthe et Moselle Dominique Potier lors du vote la loi AER en décembre 2022 https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/dans-lagadoue-agrivoltee-2.pdf

5 : « Faire vivre le débat public et renverser le rapport de force » Campagnes solidaires, n°384, juin 2022 Cité dans « « l’agrivoltaïsme, entre pression financière et conflits d’intérêts », revue Silence, septembre 2023

6: https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/choix-politique-de-ne-pas-financer-le-pv-sur-toiture-1.pdf

7: Trajectoire du mix électrique 2020-2060,2018, https://presse.ademe.fr/wp-content/uploads/2018/12/ADEME_%C3%A9tude_mix-electrique.pdf, et Évaluation du gisement relatif aux zones délaissées et artificialisées propices à l’implantation de centrales photovoltaïques – Ademe Transénergie, avril 2019, rapport et synthèse, disponibles sur : https://www.ademe.fr/evaluation-gisement-relatif-zones-delaissees-artificialisees-propices-a-limplantation-centrales-photovoltaiques

8: Selon le rapport de l’ADEME « Coûts énergies renouvelables et de récupération des données 2019 » https://librairie.ademe.fr/cadic/767/couts-energies-renouvelables-et-recuperation-donnees-2019-010895.pdf

9: CEREMA, https://www.cerema.fr/fr/centre-ressources/boutique/zones-activite-economique-peripherie-leviers-requalification

10 : Selon Rollon Mouchel-Blaisot, préfet chargé depuis février dernier d’une mission interministérielle de mobilisation pour le foncier industriel. https://www.lesechos.fr/pme-regions/pays-de-la-loire/les-friches-industrielles-eldorado-foncier-des-collectivites-1947507

11 : « L’analyse qui suit démontre que si l’on déplace le curseur de répartition PV sol / PV toitures, les surcoûts pour le système sont faibles (…) On observe ainsi un surcoût capacitaire annuel allant jusqu’à 550 M€ (pour 100% de PV sur toitures), soit 2% du coût capacitaire total des EnR (32.3 Mds € annuel) et 10% du coût capacitaire du PV (5.6 Mds €) ». https://librairie.ademe.fr/cadic/2889/mix-electrique-rapport-2015.pdf

12 : « Tout le monde déteste sun’agri » L’Empaillé hiver 2022-2023 https://lempaille.fr/tout-le-monde-deteste-sun-agri

13 : https://www.bfmtv.com/economie/consommation/c-lambert-le-numerique-la-robotique-et-la-genetique-sont-la-troisieme-revolution-agricole_VN-202110120459.html

14 : Voir « Sun’Agri, quand l’agrivoltaïsme rencontre le numérique » revue Silence septembre 2023 : « Ainsi des capteurs installés sur le terrain mesurent de nombreux paramètres tels que l’humidité de l’air et du sol, la température, la lumière, la croissance des feuilles, etc. Puis dans un centre de supervision à Lyon, les données sont couplées à des modèles algorithmiques de la croissance des plantes et Sun’ Agri rétro-agit ainsi vers toutes ses parcelles. Cette boîte, rachetée par Eiffage, teste actuellement des caméras infrarouges pour détecter le début de la floraison. « C’est quoi le mieux entre les yeux de l’agriculteur et ceux de la caméra ? », soulève Cécile Magherini, déléguée générale. La vision du futur de la directrice générale est assez explicite : « Dans notre système, à l’avenir on peut imaginer des robots, qui vont se brancher et travailler sous la structure. » Mettre des panneaux solaires dans les champs pour produire de « l’énergie décarbonée », puis mettre des robots pour consommer cette électricité. Le tout, contrôlé à distance depuis des bureaux grâce à une série de capteurs et à l’intelligence artificielle ». Voir aussi « Sun’agri et ses cultivateurs de kilowatts font main basse sur les Pyrénées-Orientales », février 2023 https://ccaves.org/blog/les-cultivateurs-de-kilowatts-font-main-basse-sur-les-pyrenees-orientales/ ainsi que « Tout le monde déteste Sun’agri » L’Empaillé hiver 2022

15 :Silice, aluminium, zinc, plomb, étain, indium, antimoine présent dans les panneaux : voir « Composition des panneaux photovoltaïques mono et polycristallins » (Special Report on Solar PV Global Supply Chain, AIE, 2022, p. 21). Voir aussi Mineralinfo, 2020 (Antoine Boubault, BRGM)

16 : MRAE de Bretagne https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/10116_centralephotovoltaique_folgoet_29_2022.pdf

17 : Christian Dupraz, l’un des principaux propagandistes et inventeur du terme, met en garde quant aux « impacts agronomiques originaux à évaluer » tels les « risques électriques en présence d’animaux (électro-sensibilité, électrocution) » https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/dans-lagadoue-agrivoltee-2.pdf Voir aussi la MRAE de Bretagne qui préconise quant à une centrale PV« une simulation du champ électromagnétique au niveau des habitations les plus proches (…) en particulier pour des personnes électrosensibles » https://ccaves.org/blog/wpcontent/uploads/10116_centralephotovoltaique_folgoet_29_2022.pdf

Le 7 novembre 2022 le tribunal administratif d’Alençon reconnait que la dégradation du troupeau laitier d’Alain Crouillebois (éleveur dans l’Orne) est « la conséquence directe et certaine » de l’installation d’une ligne souterraine de 20 000 volts et de son transformateur Enedis. Le tribunal condamne Enedis à verser 140 000€ à l’éleveur. Le 29 avril 2022 le tribunal de Coutances dans la Manche condamne RTE (réseau transport électricité) à verser 460 000€ à l’éleveur laitier D.Vauprès suite au passage d’une ligne très haute tension sur sa ferme. En 2015, l’éleveur laitier T. Charuel a gagné son procès face à RTE suite aux pollutions engendrées par une ligne très haute tension.Voir aussi l’enquête de France 3 « Agriculteurs sous tensions, l’omerta française » https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/Agriculteurs-sous-tension-FR3-2020.mp4. Voir aussi le rapport du Député Philippe Bolo https://www.senat.fr/rap/r20-487/r20-487.html

18 : Chiffres de 2017, Courrier de l’Oisans, n°15, hiver 2018 Cité dans Le cycle du silicium, PMO : https://www.piecesetmaindoeuvre.com/spip.php?page=resume&id_article=1589

19 : « Le silicium : un élément chimique très abondant, un affinage stratégique », 2020, sur mineral.info Cité dans Le cycle du silicium, PMO : https://www.piecesetmaindoeuvre.com/spip.php?page=resume&id_article=1589

20 :« Le silicium : les impacts environnementaux liés à la production », https://ecoinfo.cnrs.fr/2010/10/20/le-silicium-les-impacts-environnemen Cité dans Le cycle du silicium PMO : https://www.piecesetmaindoeuvre.com/spip.php?page=resume&id_article=1589 ; Voir aussi Commissariat général au développement durable 2020 cité dans https://www.jne.asso.fr/wp-content/medias/2023/06/Photovoltaique-10-idees-recues-contre-argumentees.pdf et Chowdhury et al. 2020, ibidem et « Le silicium : les impacts environnementaux liés à la production », https://ecoinfo.cnrs.fr/2010/10/20/le-silicium-les-impacts-environnemen / Voir Composition des panneaux photovoltaïques mono et polycristallins, (Special Report on Solar PV Global Supply Chain, AIE, 2022, p. 21). Voir aussi Mineralinfo, 2020 (Antoine Boubault, BRGM)

21 : Rapport de la LPO https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/2022_pv_synthese_lpo.pdf . Voir aussi la MRAE Bretagne. Avis délibéré de la mission régionale d’autorité environnementale de Bretagne sur le projet de centrale photovoltaïque au sol sur la commune du Folgoët (29) https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/10116_centralephotovoltaique_folgoet_29_2022.pdf et aussi FRB : (Fondation pour la Recherche sur la Biodiversité) 27/10/2017, la synthèse de l’étude « Énergie renouvelable et biodiversité : les implications pour parvenir à une économie verte » Référence Alexandros Gasparatos, Christopher N.H. Doll, Miguel Esteban, Abubakari Ahmed, Tabitha A. Olang. 2017. Renewable and Sustainable Energy Reviews 70, p161–184

22 : Rapport de la LPO d’octobre 2022 https://ccaves.org/blog/wp-content/uploads/2022_pv_synthese_lpo.pdf, «Centrales photovoltaïques et biodiversité LPO oct. 2022 » qui compile 151 études scientifiques dans le monde et seule synthèse publiée en français à fin 2022. Voir Aussi la synthèse de Jura Nature Environnement https://www.jne.asso.fr/wp-content/medias/2023/06/Photovoltaique-10-idees-recues-contre-argumentees.pdf, ainsi que l’étude de la Fondation pour la Recherche et la Biodiversité : FRB : (Fondation pour la Recherche sur la Biodiversité) 27/10/2017 « Énergie renouvelable et biodiversité : les implications pour parvenir à une économie verte » Référence Alexandros Gasparatos, Christopher N.H. Doll, Miguel Esteban, Abubakari Ahmed, Tabitha A. Olang. 2017. Renewable and Sustainable Energy Reviews 70, p161–184

23 :Louer ses terres peut rapporter de 2500e par année et par hectare à 10 000e par année et par hectare. Faire pâturer ses brebis sous 90 hectares peut aussi rapporter 30 000e annuellement. Voir la Note de positionnement de la Confédération Paysanne https://www.confederationpaysanne.fr/sites/1/mots_cles/documents/Positionnement_agriphotovolta%C3%AFsme.pdf